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A TODAS AS MULHERES DO MUNDO


"Sem discurso nem requerimento, Leila Diniz soltou as mulheres de vinte anos presas ao tronco de uma especial escravidão."
Carlos Drummond de Andrade

No dia internacional da Mulher uma homenagem a todas as mulheres do mundo na figura de Leila Diniz, que ajudou a transformar o país, quebrando tabus, em uma época em que a repessão politica e de costumes dominava o Brasil.
Em 1971, auge do regime militar, grávida de seis meses, colocou um biquíni e desfilou pelas areias da praia de Ipanema no Rio de Janeiro. Foi "taxada" de prostituta pela"direita" e alienada pela esquerda.
Considerada uma mulher à frente de seu tempo, era ousada e detestava convenções. No plano pessoal, desafiava regras que julgava impostas: era capaz de dizer palavrões em público, dar entrevistas em que revelava preferências sexuais ou trocar de namorado sem dar satisfações a ninguém. Em 1969, em entrevista (leia no Tarja Negra) ao jornal O Pasquim*, motivou a lei de censura prévia, apelidada de decreto Leila Diniz, produzida pelo ministro da Justiça, Alfredo Buzaid. “Você pode amar muito uma pessoa e ir para a cama com outra. Já aconteceu comigo”, dizia. Leila Diniz morreu, aos 27 anos, num acidente aéreo em 1972 quando voltava de uma viagem feita para a Austrália.

"Ela não dizia apenas o que as mulheres pensavam e não ousavam dizer. Dizia o que elas não ousavam pensar."
Eduardo Prado (psicanalista)

*O jornal O Pasquim, semanário brasileiro editado entre 26 de junho de 1969 e 11 de novembro de 1991, marcou época, em plena ditadura foi um instrumento de combate à censura utilizando muito humor.

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